Primeira Corrida da Associação Primeiro Passo

No último domingo dia 2 de junho, a Associação Primeiro Passo organizou uma corrida de crianças, para lembrar o dia internacional da conscientização sobre o pé torto congênito. (Dia 3 de junho – aniversário de Ignacio Ponseti, que idealizou um Método de Tratamento pouco invasivo e muito efetivo para o tratamento das crianças nascidas com essa alteração ortopédica.
Com muita animação, as crianças correram, todas juntas, com e sem tratamento, para mostrar que não há nenhuma diferença nas crianças tratadas adequadamente pelo Método Ponseti. Elas têm pés fortes e ágeis, e podem correr e pular como todas as crianças.
Mais uma vez o Rotary Sudeste, o Santo André e todo o distrito 4420 firmaram mais uma ação da parceria com a Associação Primeiro Passo, que é formada por pais de crianças e familiares com pé torto congênito. Essa entidade acolhe os pais que tem o diagnóstico de pé torto, muitas ainda nos exames pre-natais, esclarecem sobre o Método e encaminham para centros de tratamento de referência.

A Associação Primeiro Passo (link para a associação) tem também, aqui em São Paulo, um banco de órteses que recolhe órteses já utilizadas, as recondiciona e revende por preço acessível para os pais. O banco de órteses está ajudando diversas famílias, e é um piloto a ser multiplicado por todo o pais, num outro projeto do Rotary, o Rotary Clube São Carlos Norte, distrito 4540, que é uma parceria Brasil – Alemanha. Esse projeto objetiva acelerar a criação de mais 50 bancos de órtese em território nacional, melhorar a qualidade das órteses de abdução, e ainda fornecer 30 órteses novas para iniciar as atividades de cada banco.

Os rotarianos envolveram-se com o pé torto congênito a partir do subsidio global com o Programa Erradicando o Pé Torto no Brasil; o programa treinou, através de mentoria entre mestres e alunos ortopedistas, 50 médicos de todo o Brasil que se comprometeram a montar clínicas de referência Ponseti no SUS. O objetivo em comum é fazer com que toda criança brasileira nascida com pé torto tenha acesso ao tratamento pelo Método Ponseti.

Associação Primeiro Passo

Associação Primeiro Passo

A Associação Primeiro Passo é uma entidade civil que nasceu do desejo de muitos pais de crianças com pé torto congênito que foram tratadas pelo método Ponseti e tem como intuito multiplicar, incentivar e difundir esta técnica de tratamento em meios médicos e não médicos.

A APP funciona regularmente sob o CNPJ 12.950.014/0001-55. Uma meta idealizada pela Associação é que o método de Ponseti fosse assimilado e realizado corretamente por profissionais pelo SUS e ficasse disponibilizado a todo cidadão brasileiro.

Enquanto esse ideal ainda não é uma realidade, todavia, fazemos esforços para divulgar o tratamento do pé torto congênito pela técnica de Ponseti, atuando na detecção precoce desta alteração ortopédica, no suporte e facilitação de centros de tratamento intersetoriais no Brasil e no exterior.

A meta mais abrangente de nossa visão de entidade civil é promover a erradicação do pé torto congênito não tratado, no Brasil e no mundo.

Nossas metas são auxiliar nos projetos de treinamento de médicos na técnica de Ponseti no Brasil e no exterior, reconhecendo o Grupo Brasileiro de Estudos do Método Ponseti, como o grupo de médicos treinados a ser apoiado pela Associação; apoiar projetos de pesquisa éticos ligados ao tratamento de pé torto, tanto na compilação de dados como viabilização de infra-estrutura para que possam ser realizados, e auxiliar a assistência de crianças, com pé torto congênito.

Para saber mais, acesse: http://www.primeiropasso.org/

Subsídio Global – Erradicando o Pé Torto no Brasil

Erradicando o Pé Torto no Brasil

No ano passado em Belo Horizonte (2018), foi concluída a quinta e última fase do programa ‘Erradicando o Pé Torto‘ no Brasil (agosto de 2016 a agosto de 2018). Essa iniciativa nasceu da parceria do Rotary (distrito 4420) com o grupo de médicos ortopedistas da Ponseti Brasil.

Esse subsídio global, proposto pelos RC Sudeste e RC Santo André e com a parceria dos Rotary Clubes americanos de Iowa e de Los Angeles, objetiva a criação de uma rede pública de clínicas de referência para o tratamento de pé torto pelo Método Ponseti, através do treinamento de 50 ortopedistas através do modelo de educação médica baseado em mentoria. Assim, ortopedistas de todas as regiões do país, que já trabalham com crianças na rede pública, vivenciaram com seus mentores 5 dias de imersão no tratamento de pé torto. 

O Método Ponseti é considerado hoje padrão ouro no tratamento inicial do pé torto, é efetivo e eficiente e tem boa reprodutibilidade, e assim os pés com a deformidade ao nascer adquirem um aspecto funcional e estético muitos próximos do normal. Ele consiste na confecção cuidadosa de gessos seriados, com uma cirurgia de pequeno porte no tendão de Aquiles, e o uso de uma órtese para evitar as recidivas. Essa forma de tratamento, acessível às crianças nos primeiros meses de vida, podem reduzir radicalmente as taxas de pacientes adolescentes e adultos não tratados e com essa deformidade tão estigmatizante e limitante funcionalmente. 

O treinamento foi realizado em São Paulo, Salvador, Passo Fundo, Brasília e Belo Horizonte, cada cidade com 10 mentores e 10 treinandos. Em contraste com as capacitações de pé torto já realizadas no país, o foco é a criação de uma rede pública (SUS) de clínicas de referência, através de um programa nacional de atenção a essa alteração congênita, com envolvimento da comunidade, através dos rotarianos e também da Associação de Pais de Crianças com Pé Torto, a Primeiro Passo. O modelo contou também com a estrutura denominada megaclínica, onde cada mentor e seu treinando puderam vivenciar, por 5 dias, em diferentes hospitais do SUS, realidades diversas do tratamento das crianças com pé torto – desde a confecção dos gessos, até o seguimento na fase do uso de órteses de abdução. Uma base de dados internacional registra os casos já tratados pelos médicos em seus Hospitais após a capacitação. A importância do apoio do gestor e de uma clínica multidisciplinar é reforçada.

Nesse mês de abril 2019, foi iniciada a fase de avaliação do Programa, e com o grupo controle, de hospitais que ainda não tinham tido contato com o Programa, constatou-se que estes não tinham um atendimento específico de pé torto e por isso não eram tão eficientes no tratamento de crianças com pé torto. A seguida, receberam um treinamento aqui em São Paulo, e passaram a integrar a rede de clínicas de referências SUS, agora incluindo também  serviços públicos em Carapicuiba, Barueri, Diadema, MBoi Mirim, Cubatão, Guarulhos,  Assis (SP), Bauru (SP), Ribeirão Preto (SP), Camburiú (SC), São Borja (RS), Vila Velha (ES), Santo Angelo (RS).

O Rotary está tendo um importante papel, no sentido de ajudar a divulgar a afecção ortopédica, promover e auxiliar os bancos de órteses criados para favorecer o acesso às órteses de abdução, e até criação e manutenção de casas de apoio para pacientes que moram longe dos locais de tratamento. Esse programa será capaz de absorver as 4000 crianças nascidas com pés tortos no Brasil a cada ano, e tornará as clínicas de referencia locais multiplicadoras de conhecimento médico e multidisciplinar no tratamento de pé torto.

O programa é apaixonante, está tendo importante repercussão, e está já sendo reproduzido em outros países da América Latina, como a Bolívia e o México, com emparceiramento dos rotarianos com médicos locais. A Colômbia, o Paraguai, o Equador, a Argentina, o Panamá e a Guatemala já estão se organizando para começarem seus programas.

NOSSO PROGRAMA É INSPIRAÇÂO PARA NOVO SUBSÌDIO GLOBAL

Nosso programa Rotary foi inspiração para que um de nossos treinandos no programa Erradicando o Pé Torto, Dr Ricardo Castro, junto ao Rotary São Carlos Norte, se animasse a trabalhar em um novo Subsídio Global, o “Ortetizando o pé Torto no Brasil”, em parceria com o Rotary da Alemanha. Esse novo subsídio objetiva a aceleração da implantação de 50 bancos de órteses utilizadas no Brasil. As órteses de abdução (botinhas conectadas a uma barra) são importantes para  evitar as recidivas no tratamento do pé torto congênito.