FAQ

Frequently Asked Questions

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A palavra “Método” deriva do grego “methodos” e se refere ao caminho para se chegar a um determinado resultado. A palavra”técnica” é definida como a parte material ou conjunto de processos de uma arte. Assim, esses dois termos são constantemente utilizados como sinônimos, mas “método” tem geralmente um sentido mais amplo, porque incluiria também uma maneira de pensar, e entender o problema, não se restringindo só à prática de um procedimento. No caso do pé torto, preferimos a palavra “método”, porque o Método Ponseti não incluiria apenas a maneira de fazer os gessos, mas também o entendimento da natureza da deformidade, a forma como a correção é mantida, e as estratégias para evitar as recidivas.

Não, o Método Ponseti consiste em:

– uma maneira ESPECÍFICA de manipular o pé;
– uma maneira ESPECÍFICA de confeccionar gessos;
– uma maneira ESPECÍFICA de prevenir recidivas; 
– uma maneira ESPECÍFICA de tratar recidivas.

As radiografias de um paciente tratado na idade adulta mostrarão características diferentes de um pé normal. O formato de alguns ossos será alterado, e as relações entre eles também. Mesmo assim, isso não representa nenhuma perda de função. Esses pés sempre serão menores em tamanho longitudinal (geralmente meio a um centímetro menores, sem representar um número menor de calçado), e terão menos músculo na panturrilha (portanto panturrilha será mais fina) que um pé contralateral não tratado (sem a deformidade). Por isso, a força dessa perna, e equilíbrio, também não serão normais. Isso não implica em limitação para as atividades da vida diária, e nem mesmo limitação objetiva de prática esportiva. Há esportistas tratados pelo Método Ponseti sem limitação para nadar, jogar vôlei, basquete, correr, fazer judô, surfar, jogar ténis e fazer qualquer tipo de atividade esportiva.

Geralmente, comprando pelo maior, mas se houver uma diferença maior (depende da constituição física dos pacientes), pode ser confeccionada uma “ponteira”, como um redutor discreto do tamanho do sapato por dentro, feito sob medida.

Apesar de algumas postagens de crianças andando livremente com a órtese, acreditamos que não seja positivo, porque pode acarretar em risco de acidentes. Fraturas podem acontecer, porque o pé pode ficar preso e a criança fazer alguma manobra torsional resultando em fraturas.

Na parte inicial, o médico é responsável pela manipulação e confecção dos gessos; na segunda parte, a fase da órtese, os pais são os protagonistas. A maior responsabilidade é deles.

No entanto, importante é lembrar que em ambas as fases, e durante o seguimento das crianças durante o crescimento, que a parceria estabelecida entre a família e o médico é um verdadeiro trabalho de equipe que faz com que o tratamento tenha sucesso.

Ele inclui a correta aplicação da técnica de correção nos pés da criança e a motivação dos pais pelo médico e por outros de pais, a adequada utilização da órtese de abdução, e a atenção ao desenvolvimento e crescimento da criança, tanto da parte dos pais como do profissional.

Não, não devemos chamar as órteses de abdução que utilizamos no Método Ponseti de Denis-Browne, isso porque esse ortopedista deu nome a uma órtese que ia se modificando gradualmente e obtendo a correção, e isso não é o que ocorre no Método Ponseti. Toda a correção do pé torto é feita através da manipulação específica do Método, e aplicação dos gessos seriados.

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Inicialmente, os gessos são trocados semanalmente até a tenotomia. Depois dela, o gesso deve ficar por 2 a 3 semanas até a cicatrização do tendão. No mesmo dia da retirada dos gessos pós tenotomia, a órtese de abdução deve ser colocada na criança pelo médico, com explicações à família. A criança deve retornar em uma a duas semanas para que o médico verifique se está tudo indo bem com o uso da órtese de abdução. Nos três meses de uso contínuo, a família deve voltar mês a mês para o exame dos pés e verificação se a órtese está meticulosamente bem colocada. Esse período é muito importante, para verificar a manutenção adequada da correção. Após a passagem para as 14 horas, as crianças são seguidas a cada três meses, onde é observada a correção dos pés e sua flexibilidade. O tamanho da órtese também é um componente importante das visitas. A colocação da órtese na criança pelos pais deve ser parte da consulta.

A órtese deve ser usada até os 4 anos, em pés sem outras anormalidades, porque a taxa de recidiva sem a órtese é cerca de 10%. Em casos de pés menos flexíveis, isso pode ser modificado pelo médico, em acordo com a família.

Durante o primeiro ano após a alta da órtese de abdução, as crianças devem ser seguidas ainda de três em três meses, para observar se o pé está mantendo a flexibilidade. Se tudo estiver bem, vamos espaçando as visitas para cada 6 meses no outro ano, e anualmente a partir do segundo ano sem perda da correção.

A recidiva é o retorno da deformidade inicial do pé torto. Inicialmente, ocorre uma perda da flexibilidade do pé, que tem mais dificuldade de fletir o tornozelo para cima (dorsiflexão). Se isso não é detectado, logo o calcâneo (osso do calcanhar) vem para dentro, e ai temos o retorno da deformidade em varo. O aduto, (dedos para dentro), ocorre a seguir, e por último volta o cavo (arco alto do pé).

A deformidade recidiva por dois fatores principais: nos bebes, por algumas células da parte interna da perna e do pé, que tem alguma semelhança com fibras musculares, e causam a volta da deformidade, e nas crianças mais velhas, devido à maior dificuldade de acomodação das partes moles ao crescimento, principalmente nos estirões.

Sim, não devemos fazer as vacinas durante a fase de gesso, há risco de inchaço nos pés, e risco de necessidade de ter que tirar o gesso na urgência. A fase de gesso é curta e assim, as vacinas podem esperar poucas semanas. Também não é uma boa idéia vacinar na primeira semana de adaptação da órtese de abdução, por que pode atrapalhar essa fase. Depois, com o uso regular da órtese 23 horas, não há problema em vacinar a criança.

A chance de recidiva com o uso adequado da órtese de abdução, seja 23 ou 14 horas é zero. As visitas ao médico são muito importantes, para garantir que tudo está indo bem.

A cirurgia de transposição do tendão tibial anterior é indicada nos raros casos que o tendão (que movimenta o tornozelo, trazendo o pé para cima) está inserido mais para dentro do que deveria, e assim, mesmo com o pé flexível, ele se movimenta trazendo o pé para dentro, lembrando a posição inicial da deformidade. Nesses casos, ele é transferido mais para o meio do pé. Essa cirurgia é mais utilizada em pés com muita tendência a recidivas. Nesses casos, após os 4 anos, a correção do pé com gessos seriados pode ser complementada com a tenotomia e a transposição do tibial anterior.

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A cirurgia não cura o pé torto. Ela melhora a aparência do pé mas diminui a força dos músculos do pé e da perna, causando rigidez a partir da segunda década de vida. Com isso, há redução da mobilidade das articulações dos pés, e estes podem tornar-se dolorosos ao longo da vida. A cirurgia não consegue evitar a recorrência da deformidade em alguns casos.

O pé torto tem sido tratado com manipulações, bandagens, órteses e gessos há vários séculos. A tenotomia percutânea de Achilis data da segunda metade do século 19; as cirurgias de liberação ampla dos pés tornaram-se populares nos últimos 50 anos. O tratamento pela técnica de Ponseti já tem mais de 30 anos, o os resultados desse tratamento estão publicados na literatura médica.

Quando uma criança nasce com essa condição, um ortopedista treinado na técnica de Ponseti de manipulações seriadas e gesso deve ser contatado ainda nos 7 a 10 primeiros dias de vida.

A maioria dos pés tortos podem ser corrigidos com manipulações seriadas e gessos, mas se a deformidade não é corrigida com cerca de 5 a 7 gessos, esse é um indício que o tratamento não será bem sucedido.

Essa deformidades são comumente confundidas com a deformidade do pé torto congênito. O metatarso aduto é uma deformidade apenas na parte média do pé, e tem um tratamento mais fácil que o é torto congênito. O pé nunca fica em eqüino (como o pé de bailarina, na ponta dos pés). Em alguns casos, corrige sozinho, mas em casos mais graves pode ser corrigido facilmente com 2 a 3 aplicações de gessos curtos (abaixo do joelho).

O tratamento com manipulações seriadas e gessos baseia-se nas propriedades inerentes ao tecido conectivo ( de conexão), cartilagens e ossos, que respondem a estímulos mecânicos criados para a redução gradual da deformidade. Os ligamentos, as cápsulas articulares e os tendões são alongados através de manipulações cuidadosas e indolores. Um gesso é aplicado após cada

Em uma pessoa com pé torto congênito bilateral, o pé normal será discretamente maior (cerca de 1.3 cm) e mais largo (cerca de 0.4 cm) que o pé acometido. O comprimento das pernas será normal, mas a circunferência da perna do lado normal será maior (cerca de 2.3 cm).

O tratamento com manipulações seriadas e gessos baseia-se nas propriedades inerentes ao tecido conectivo ( de conexão), cartilagens e ossos, que respondem a estímulos mecânicos criados para a redução gradual da deformidade. Os ligamentos, as cápsulas articulares e os tendões são alongados através de manipulações cuidadosas e indolores. Um gesso é aplicado após cada manipulação semanal para manter o grau de correção e o alongamento dos ligamentos. Os ossos mal-alinhados são gradualmente trazidos para o alinhamento correto e suas superfícies articulares remodelam progressivamente, mantendo sua congruência. Após 2 meses de manipulações e gessos, o pé aparenta uma leve hiper-correção. Após algumas semanas na órtese de Denis Browne, os pés adquirem aspecto normal.

Quando um dos pais tem pé torto, existe uma chance de 3 a 4 % dos filhos serem afetados. Se os dois forem afetados, a chance aumenta para 15%. A freqüência desse problema na população geral não afetada é cerca de 1 a cada 1000 crianças.

Sim. A órtese de Denis Browne objetiva impedir a recidiva e a perda da correção obtida com as manipulações e o gesso. A recidiva é comum, e freqüente, exigindo o controle por parte do ortopedista com muito critério, pelo menos até os seis anos de idade. Por isso, a órtese é utilizada pelo período de 3 meses, uso contínuo, e à noite por cerca de 3 anos. Este não tem sido um problema ou impedimento colocado pelos pais que seguiram a técnica.

Não, a manipulação não dói; as manipulações e a confecção dos gessos são feitas em ambiente tranquilo, a criança fica confortável, as vezes até dorme.

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Se o seu filho tiver Pé Torto Congênito, é muito importante que você agende uma consulta com um especialista o quanto antes.

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